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A fidelidade feminina

por Carla Hilário Quevedo, em 10.03.08

 

Aproveitemos este dia – que é só um e não faz mal nenhum – para sermos francas. No 8 de Dezembro não é preciso, nem no 13 de Maio. Há muito a fazer nesses dias e não há tempo a perder com sinceridades. Nem no vosso aniversário que é dia de festa. E o Natal é da família. Só hoje e nada mais que cinco ou dez minutos para falarmos sobre temas como a infidelidade. Apesar de a situação estar praticamente resolvida no Médio Oriente, o mesmo não se passa no resto do mundo. As habitantes em solo livre são de tal maneira infiéis que hoje em dia o escândalo é haver exemplares estruturalmente monogâmicos. Não se compreende. Com a moral a descer e a terapia a subir estas criaturas estranhas devem ser examinadas em laboratório. O que as levou a ser assim? Dou uma olhadela na minha lista (breve) de amigas fiéis e apercebo-me de um denominador comum: uma ligação forte de amizade com o pai. E o pai aprova o genro e – o sonho de qualquer mulher decente! – até são amigos. Quando Marilyn Monroe canta «my heart belongs to daddy, so I simply couldn’t be bad» resolve a questão. Filha dedicada, mulher bem casada. Está descoberto o segredo da fidelidade feminina e da longevidade do casamento.

 

Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 8-03-08.

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publicado às 13:28