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O Presidente da República, Cavaco Silva, após ter vetado a Lei da Paridade em Agosto de 2006, acabou por promulgá-la, dando assim uma dor de cabeça aos partidos. Para as eleições autárquicas, europeias e legislativas do próximo ano, vão ser precisas milhares de mulheres para integrar as listas, sob pena de os partidos serem penalizados caso não cumpram o requisito. Segundo a Lei da Paridade, 33% dos candidatos devem ser do sexo feminino, o que coloca de imediato o problema de se tratar de uma igualdade de apenas um terço e não de 50%. Em bom rigor, temos um terço de paridade. Mesmo assim, os partidos vão ter de desencantar um grande número de potenciais candidatas que manifestem um interesse mínimo pela política, ou que pelo menos finjam ter curiosidade pela política. Observando os políticos portugueses, verificamos que ninguém precisa de ser nem sobredotado nem imaculadamente íntegro para ocupar um cargo público. Com a fasquia da exigência em baixo, tudo é possível. Até arranjar milhares de mulheres ansiosas por servir o país de um dia para o outro. Como são necessariamente elas próprias mais políticas, quem sabe não teremos boas surpresas. Concorda com a Lei da Paridade? Será uma medida útil para reanimar a política em Portugal ou só mais um transtorno?
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