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Eu hoje acordei assim...

por Carla Hilário Quevedo, em 28.02.10

Marilyn Monroe (com Tom Ewell no momento alto da sua carreira)

 

... com um otoverme a zumbir na cabeça: take it, take it, baby, baby, love me, love me. Apesar da minha veia moralista, que lateja, ó se lateja, quando vê certas e determinadas coisas, gostaria de me associar aos bocejos observados aqui e aqui por causa da campanha da Super Bock. Sexismo, gritam por aí. Ó por favor, digo eu. Como é que um roupão semi-aberto pode atentar contra a dignidade das mulheres? Os indignados insistem na ideia falsa, mas talvez útil, de que as mulheres são 'objectos', elas próprias uma espécie de bonecas insufláveis, sem ânimo sexual, e parecem preferir uma sociedade deserotizada. Nem quero pensar nos resultados esquisitóides de tal coisa. Deixem lá as raparigas e os rapazes e as cervejas em paz. Entretanto, vi uma cena encantadora em The Wire. O detective Lester Freamon pede à stripper Shardene, infiltrada no Orlando's, que identifique os gangsters que sabemos ser Stringer Bell, Avon Barksdale e Wee-Bey. A rapariga fica atrapalhada e diz que um deles "era alto", ao mesmo tempo que saca de um par de óculos da mala e explica que é miope. Não pode usar os óculos no bar, e assim não consegue identificar ninguém.

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publicado às 09:04