por Carla Hilário Quevedo, em 22.01.04
Vasco Graça Moura traduziu o poema Mar da Manhã, de Konstandinos Kavafis, a partir das explicações que aqui apresentei e comparando as várias traduções do poema. Gosto desta versão, porque devolve o ritmo ao poema e, sobretudo, gosto do tom. Compreender o poema é também compreender a língua, mesmo sem a saber. Muito obrigada.
Mar da manhã
Deter-me aqui. E olhar um pouco a natureza.
Mar da manhã e um céu sem nuvens,
brilhar do azul e orla amarela; e tudo
belo, grande, iluminado.
Deter-me aqui. E iludir-me a ver isto
(sim, por instantes o vi, quando aqui parei)
e não, também aqui, meus devaneios,
recordações, imagens do prazer.
Tradução de Vasco Graça Moura
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