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por Carla Hilário Quevedo, em 16.06.07
Estimado Jansenista: o que significa ser contra um escritor de ficção? Significa que, no caso de Joyce, teria sido benéfico se não tivesse escrito Ulysses, por exemplo? Significa que se Joyce não tivesse existido, a literatura contemporânea seria melhor? E não consigo medir o talento de Joyce (que é monstruoso), muito menos compará-lo ao de Proust (que é igualmente avassalador). Que sorte a nossa termos a possibilidade de desfrutar do génio de ambos. (Quanto à frase de Joyce que escolhi em baixo, ela não é irónica e é elogiosa.)

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publicado às 23:33

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por Carla Hilário Quevedo, em 16.06.07
Blockbomba: Hollywoodland (sim). The Sunshine Boys (sim). Litlle Children (sim, sim, sim).

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publicado às 23:27

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por Carla Hilário Quevedo, em 16.06.07
"It must be difficult to succeed in France where nearly everyone writes well"*

James Joyce, fotografia de Liphitski

* De Selected Letters of James Joyce, ed. Richard Ellmann, London, Faber and Faber, 1992, na carta ao irmão Stanislaus Joyce de 7 de Dezembro de 1906, p. 140.

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publicado às 10:53

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por Carla Hilário Quevedo, em 16.06.07
Molly Pop Bloom



A maternidade não é um tema interessante para a música pop. Fraldas, berços e ursinhos talvez não vendam tanto como raparigas voluptuosas com pouca roupa. Mas o novo tema de Natasha Bedingfield, I Wanna Have Your Babies, introduz em força o azul-bebé e o cor-de-rosinha no universo da MTV. A história é muito simples e actual, embora o enredo seja quase tão antigo como o planeta: a rapariga (a própria cantora, Natasha Bedingfield) vai encontrando vários rapazes pelo caminho, sempre com a ideia fixa de ter filhos. Tenta não declarar a sua vontade a nenhum deles, mas sempre que acaba por fazê-lo, eles desaparecem. Por fim, chega o último que, sim senhor, cumpre o seu papel. Este vídeo engraçadíssimo ilustra uma ideia que vi ser enunciada por Molly Bloom, extraordinária personagem feminina de James Joyce, no último capítulo do Ulysses. Pensa a mulher de Leopold Bloom no fim do livro: "how he kissed me under the Moorish wall and I thought well as well him as another". Molly escolheu Leopold porque, mesmo depois daquele beijo que recorda com um certo pormenor, tanto fazia ser ele como outro. Será um segredo feminino ou uma preocupação masculina?

Publicado na Tabu (Cinco Sentidos), 31-03-07.

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publicado às 10:45