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por Carla Hilário Quevedo, em 17.07.07
Sobre Roma: José Carlos Silva, notando a minha falta de entusiasmo com esta segunda temporada da série, enviou-me este excerto, que agradeço.

"Roma converteu-se num Hollywood da crueldade. Na época dos imperadores, este sistema expandiu-se até constituir uma taça da Europa formal da bestialidade, em que os campeões nacionais do homicídio provenientes de todas as regiões do Império, e em todas as modalidades de armas, participavam em todo o perímetro mediterrânico. Com o passar do tempo, o ritual foi desenrolando as suas primitivas tendências estéticas na direcção do duelo do entretenimento e de um desporto de fascínio sangrento. A antiga relação com os ritos funerários alcançou finalmente um sentido que não passou despercebido a ninguém: a finalidade dos jogos não era outra senão enviar para o além os perdedores que mordiam o pó. É certo que havia tentativas de exaltação mística nos rituais dedicados à abertura e à conclusão, assim como nalguns massacres temáticos, por exemplo, na reconstituição de batalhas, mas elas não significavam mais nada, abstracção feita do culto do êxito ou do resultado. Nessa altura Fortuna era uma deusa do estádio. Na realidade, fora lançada uma mutação no termo da qual o ritual estaria convertido em massacre. O seu sentido consistia em produzir vencedores com cujo destino as massas deprimidas podiam identificar-se. Durante quinhentos anos esta função foi mantida com enorme êxito pelos jogos, um fenómeno único do ponto de vista História da civilização: o massacre de entretenimento como instituição duradoura que, mais ainda, se verá acompanhada pela utilização crescente de animais de grande porte ou raros, cuja degolação é concebida como um espectáculo de luta. Um eco do massacre de animais em Roma ou, como se dizia, na vanatio – literalmente, a caça no estádio – sobreviveu até hoje em Espanha."

Peter Sloterdijk, O Sol e a Morte, Relógio D'Água, 2007.

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publicado às 17:55

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por Carla Hilário Quevedo, em 17.07.07
Blockbomba: Edmond (ora cá está uma das razões porque não sou desfavorável à pena de morte: as pessoas habituam-se a tudo e os mais abjectos assassinos podem mesmo conseguir ser felizes na prisão; seja como for, um filme horrível, violentíssimo). Red Eye (gostei deste filme ligeiramente feminista porque o criminoso é a coisa mais inepta e estúpida que há). The History Boys (gayzíssimo, adorei). Notes On A Scandal (a história da relação entre uma lésbica vampírica e manipuladora e uma pedófila doce e um bocado tonta: duas óptimas actrizes num filme chochinho).

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publicado às 17:53

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por Carla Hilário Quevedo, em 17.07.07
Para o Jansenista



Tito Puente, Rebecca Mauleon e Sheila E.

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publicado às 17:41

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por Carla Hilário Quevedo, em 17.07.07
Eu hoje acordei assim...


Kate Moss

... só um momento.

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publicado às 10:31