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Do ponto de vista astrológico

por Carla Hilário Quevedo, em 20.01.09

O giro-todos-os-dias Barack Obama é um Búfalo que toma posse no ano do Búfalo (começa daqui a seis dias, pronto). Vou ligar a um especialista e perguntar se isto é bom. 

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publicado às 19:45

Caos psicotrópico

por Carla Hilário Quevedo, em 20.01.09

Por causa de uma crise qualquer no ano passado – ah! teve a ver com o aumento dos combustíveis! – correu o boato de que por uns tempos não haveria distribuição de alimentos e as pessoas limparam os supermercados até ao último pacote de arroz. Quase me vi obrigada a adquirir um agulha ou um basmati no mercado negro. Quando agora soube que podia haver uma ruptura de stock de medicamentos psicotrópicos nas farmácias devido a problemas burocráticos entre o laboratório Roche e um novo distribuidor, lembrei-me logo da corrida ao arroz. Imaginei os ansiosos deste país a comprar caixas suplementares dos clássicos Lexotan ou Valium (quem nunca tiver tomado nada disto que dê um passo em frente); os deprimidos a lutar pela última lamela de Rivotril; os doentes de insónia a fazer fila como zombies para comprar o seu rico Dormicum. O habitual mau humor citadino podia chegar a níveis nunca antes imaginados. Mas no meio desta catástrofe psicotrópica, temos uma alegria. O Rohypnol, um poderoso hipnótico que misturado com álcool é usado para abusar de raparigas desprevenidas, também não poderá ser encontrado nas farmácias do seu bairro. Há rupturas de stock que vêm por bem.

 

Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 17-1-09.

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publicado às 19:27

Afasta, afasta ó meu dedal

por Carla Hilário Quevedo, em 20.01.09

Na edição online da revista progressista de São Francisco, Mother Jones, descubro um ensaio fotográfico sobre a costureira do Ku Klux Klan. Cada imagem tirada pelo fotógrafo nova-iorquino, Anthony Karen, é acompanhada de breves testemunhos gravados sobre esta organização de fanáticos de extrema-direita do próprio e da responsável pela produção das vestes brancas e encarnadas. Ms. Ruth, de 57 anos, tem uma filha tetraplégica. Fala com carinho do KKK: «São pessoas boas, cristãs, que se preocupam com os outros. Sempre que a minha filha é operada, rezam por ela». Ms. Ruth vive numa quinta na companhia da família e de muitos animais. O fotógrafo descreve-a como uma pessoa que está sempre ao telefone e a trabalhar. São várias as encomendas para o KKK e a dedicação ao trabalho é total. Por vezes, Ms. Ruth acorda a meio da noite e começa a coser, tal é o entusiasmo pela causa. Há que estar bem vestido para odiar, perseguir, espancar e matar. Mas qualquer tribunal sabe que Ms. Ruth não tem culpa, pois não está a fazer nada de mal. Como o motorista de Bin Laden ou Albert Speer, o arquitecto próximo de Hitler que nada sabia sobre o Holocausto. Tudo boa gente.

 

Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 17-1-09.

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publicado às 19:19

Dos Modernos

por Carla Hilário Quevedo, em 20.01.09

Ser um bom profissional: no momento certo, pelos motivos certos e em relação às pessoas certas.

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publicado às 10:34

Irving Berlin sobre "Eu hoje acordei assim"

por Carla Hilário Quevedo, em 20.01.09

 

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publicado às 07:03