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João Miguel Fernandes Jorge sobre "Eu hoje acordei assim..."

por Carla Hilário Quevedo, em 11.03.11

Uma manhã acordei sob estreita mão no meu ombro

Que me queres? Queria conversar.

Que espécie de vida levas? Faço o que tenho a fazer.

 

Do primeiro poema de Turvos Dizeres.

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publicado às 18:13

Rádio Blogue: Geração à rasca

por Carla Hilário Quevedo, em 11.03.11

É possível que o protesto geração à rasca tenha surgido no Facebook, de modo espontâneo, pois parece ser o seguimento do «debate» suscitado pelo tema dos Deolinda. O protesto surge porque os jovens em Portugal assumem ter qualificações a mais para os trabalhos precários e mal pagos que os esperam, quando esperam. Podemos ler no manifesto da geração à rasca: «Somos a geração com o maior nível de formação na história do país». Não estando certa da veracidade da afirmação, é a questão do estudo que motiva a indignação. Criou-se, no meu entender, uma enorme expectativa de que a licenciatura, o mestrado, etc. garantiam o trabalho seguro e bem remunerado. Como se tivesse sido feita uma promessa que não podia ser cumprida. A expectativa também foi alimentada por uma geração que investiu na educação dos filhos. Esta geração estava certa. Não tenhamos dúvidas de que o conhecimento é a solução dos problemas do país. O problema está em perceber como o aplicamos numa sociedade que ainda não viu que Portugal tem de mudar a sua maneira de pensar e funcionar se quiser sobreviver. O mercado de trabalho não está preparado para receber, por exemplo, alunos de História ou Filosofia. Mas estas pessoas têm um conhecimento que pode ser útil às empresas. O aluno universitário deve, então, perceber o que pretende fazer com o seu curso. A dificuldade de encontrar um trabalho na respectiva área de estudo não deve impedir ninguém de ter a possibilidade de criar o seu próprio emprego. Também não deve impedir ninguém de aplicar os seus conhecimentos num trabalho que nada tem que ver com o seu curso. As queixas da geração à rasca são justas? Como se soluciona esta insatisfação generalizada? O que pensa deste protesto?

 

Publicado hoje, no Metro. Deixe a sua opinião através do 21 351 05 90 ou no Jazza-me Muito. Os comentários que chegarem até quinta-feira, dia 17 de Março, às 15h, vão para o ar, na Rádio Europa, na sexta, dia 18, às 10h35.

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publicado às 18:04