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Diário estival (14)

por Carla Hilário Quevedo, em 23.08.17

- Infelizmente, não consegui ver a série alemã que foi transmitida na RTP 2 sobre a Segunda Guerra Mundial. Vi o primeiro episódio e não consegui ver mais. Tenho pena, mas é demasiado violenta para mim. 

- Nas conversas sobre doenças e pessoas que morrem prematuramente, há que estabelecer um limite. "Podes contar duas histórias horríveis. Mais não." É uma questão de educação e não temos tempo suficiente de vida para nos dedicarmos com tanto empenho à desgraça.

- Por falar em doenças, o meu interesse no tema é teórico e linguístico. Ajuda ter um interlocutor que está sempre disponível para falar de Medicina e para esclarecer as minhas dúvidas terminológicas. Fiquei a saber que há uma diferença entre "sintomas" e "sinais". Uma dor de cabeça pode ser um sintoma de uma doença, mas uma perna inchada é um sinal. O diagnóstico é o resultado desta conjugação de sintomas e sinais (e síndromes, em certos casos). Abusando de Freud, às vezes uma dor de cabeça é só uma dor de cabeça. 

- Lembro-me há uns anos de ter dito ao meu pai que a melhor droga do mundo era o Valium e de ter olhado para mim, não com a surpresa dissimulada que existe na maioria das pessoas, mas como se estivesse a pensar na sua lista de medicamentos preferidos. Falámos brevemente sobre a aspirina, claro, e sobre os milagres da cortisona. E no fim deu-me razão.

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publicado às 09:28