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Diário estival (9)

por Carla Hilário Quevedo, em 18.08.17

Pauline Hanson, líder do partido de extrema-direita australiano, usou uma burka no parlamento para defender a proibição desta vestimenta no país. Estou completamente de acordo com a intenção e com a forma de combate. Pensava que experimentar o incómodo de conviver com uma pessoa que não se dá a ver falaria mais alto. Mas a reacção foi uma espécie de reprimenda do procurador-geral George Brandis: "To ridicule that community, to drive it into a corner, to mock its religious garments, is an appalling thing to do and I would ask you reflect on what you have done". Trata-se de um puxão de orelhas ignorante, porque a burka não é um símbolo religioso, mas uma vestimenta tribal, usada e tolerada por facções muçulmanas extremadas e radicalizadas. Tolerada também por ignorantes e indiferentes em geral.

- Descendentes directos de Robert E. Lee, Jefferson Davis e Stonewall Jackson vieram a público apoiar a retirada das estátuas dos generais confederados. Numa primeira leitura desta controvérsia tão interessante, parece pacífico que devam passar a estar em museus. Não se trata de negar a história, mas basta pensarmos na famosa queda da estátua de Saddam para percebermos que os símbolos têm importância. Pormenor relevante: por enquanto, não há uma guerra civil nos Estados Unidos. Um modo de a evitar pode ser fazer com que a lei seja cumprida, reprimindo a violência da multidão: "The issue is whether the decision to remove municipal property is done with due process and certainly not via the actions of a violent mob." Gostei de ler este artigo

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publicado às 10:42