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Mistérios estivais

por Carla Hilário Quevedo, em 29.07.14

Por motivos meteorológicos, este ano não tem acontecido tantas vezes chegar à praia mais ou menos vazia, estender a toalha e daí a dez ou quinze minutos ter uma série de vizinhos barulhentos à volta. Como sabemos, as temperaturas têm estado ou bastante  tímidas ou muito altas, o que faz com que ninguém vá às praias vazias porque está frio ou que todos se dirijam para lá porque está um calor de morrer. Mas voltemos ao problema estival. Uma praia quase vazia. Estendemos a toalha. Não há ninguém à nossa volta, só um chapelinho de sol azul à distância de uns 50 metros ou mais. Respiramos o ar puro. Passados uns minutos temos três famílias à nossa volta com toda a gente aos berros mais os cães. Como é que isto aconteceu? Olhamos para o chapelinho de sol azul à distância e o que vemos? O mesmo cerco infernal. Na praia são raros os que aproveitam o vazio para estender a toalhinha. Por que será? Precisaremos assim tanto da companhia uns dos outros?

 

Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 25-7-14

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publicado às 18:51