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O célebre bipolar Stephen Fry, comediante e escritor inglês extraordinário, é também um utilizador compulsivo do Twitter. Até podia ser uma excentricidade divertida, porque afinal de contas Stephen é o Fry do brilhante A Bit of Fry and Laurie, que me lembro de ver na RTP 2 e não me importava de rever. O Twitter é uma daquelas redes sociais em que uma série de pessoas segue outras tantas. Ninguém pode escrever mais que 140 caracteres. A limitação torna o modelo divertido. É engraçado para gosta de partilhar o que vai vendo na internet mas a frequência no uso pode levar à ilusão perigosa de que se vive ali. Alguns casos mais conhecidos acabaram mal. Desta vez, Stephen Fry foi notícia no Guardian porque ameaçou abandonar o Twitter depois de um fã lhe ter dito que o «admirava e adorava» mas que o achava «um bocadinho maçador». Quem siga Fry (tarefa impossível porque twitta um milhão de vezes por dia) percebe o que quis dizer o senhor que tem como nickname brumplum. Pouco depois do chilique de Fry, brumplum retractou-se, o amuo da estrela frágil passou e a crise foi superada. Há pessoas de quem gostamos e que não queremos conhecer. E isto é muito saudável.
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 6-11-09