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Para uma pessoa caprichosa, que acredita que a paixão sincera e verdadeira – ou aquela que vale a pena – é a imediata, não ter gostado logo de Lady Gaga significa que não há grande coisa a gostar. Mas a realidade ignora caprichos subjectivos. Lady Gaga faz parte de todas as listas das grandes revelações do ano, tendo aliás ganho um prémio da MTV que a indicava como tal. Aproveito o fim de ano para deitar a toalha das mãos ao chão. Não deito a toalha de banho porque Lady Gaga – ou Stefani Joanne Angelina Germanotta para os pais e familiares mais próximos – continua sem me animar. Concedo, no entanto, que o seu estilo é inconfundível (algo quase impossível de conseguir numa indústria em que são todas iguais) e que há uma muito boa voz além da parafernália Marc Jacobs, do fato que parece de lata Thierry Mugler, usado que se saiba uma única vez pela modelo Emma S. no vídeo de Too Funky, de George Michael, e dos sapatos difíceis de Alexander McQueen. O mais interessante de Lady Gaga é a extravagância na performance. Não ser uma carinha bonita terá levado a rumores de que a Lady era um Mister, e Gaga não negou. Beleza num mundo de Christinas é fundamental.
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 31-1-09