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Eu hoje acordei assim...

por Carla Hilário Quevedo, em 30.03.10

Anna Karina

 

... ontem, à espera do penúltimo episódio de Dexter, vi uns minutos da entrevista de Mário Crespo a Ângelo Correia. Estava naquele estado em que olhava mais que ouvia, quando despertei com a seguinte observação de Ângelo Correia à proposta formal de Mário Crespo de, se lhe permitisse, gostaria de lhe fazer mais uma pergunta. "Pode fazer as perguntas que quiser", respondeu o simpático Ângelo. Pena que Mário Crespo não tenha começado a perguntar coisas de resposta difícil ou demorada. É que dito assim - faça as perguntas que quiser - lembrou-me o Humpty Dumpty, que diz à Alice que é capaz de explicar todos os poemas que existem e mais uma grande parte dos que ainda não foram inventados. Como a resposta é sempre o que quer que seja, não importa a pergunta que é feita. Por isso todas as perguntas podem ser feitas. Alguma resposta, seja ela qual for, hão-de ter. Ou seja: a todas as perguntas correspondem todas as respostas, que é como quem diz, nenhuma. Isto é parecido com fazer perguntas a um oráculo. A Mary Beard escreve um artigo tão bom no TLS a falar deles. Há registos de pessoas que perguntavam o seguinte: "Fui envenenado?". E cinco em cada dez oráculos respondiam que sim.

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publicado às 08:40