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Ultimamente só temos tido notícias deprimentes da Islândia. Primeiro a bancarrota do país e depois a perigosa actividade vulcânica de há poucas semanas. Para variar, temos agora boas notícias. A Islândia aprovou uma legislação contra a prostituição, os bares de strip e com empregadas em topless. A indústria do sexo foi praticamente banida do país, não em nome de uma religião, mas por motivos ideológicos: as mulheres pura e simplesmente não são produtos. A legislação só é comparável à de outros países nórdicos como a Suécia, a Noruega e a Finlândia e deve-se aos seguintes factores: metade do parlamento é constituído por mulheres e os princípios habitualmente identificados como «feministas» são também partilhados pela população masculina. Acredito, no entanto, que a postura da primeira-ministra Jóhanna Sigurðardóttir tenha sido decisiva. Além de combativa e dura, e de ter um apelido impossível de pronunciar, Jóhanna Sigurðardóttir é a primeira chefe de estado no país declaradamente homossexual. Muitos dizem que é a responsável por conseguir que os homens do seu partido se tenham tornado militantes feministas convictos. Pena ser um país tão frio.
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 1-4-10