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Disparates do primeiro mundo

por Carla Hilário Quevedo, em 22.06.10

Encontrei no site da PsychCentral um artigo da psicóloga clínica Susan Philips, que sugere que um bom relacionamento com os animais de estimação pode melhorar a relação entre os cônjuges. A psicóloga defende que não adjudicamos más intenções aos nossos bichos. Nunca nos zangamos com o cão por ser demasiado efusivo com desconhecidos. Também não ficamos a pensar que o gato nos odeia por ter feito chichi fora da caixa. Mas que observações espantosas! Independentemente da péssima opinião que tenho sobre este género de analogias, a reflexão que se segue ultrapassa todos os limites: «Os animais de estimação vivem em nossa casa. Nunca sofrem com ciúmes, nem param para pensar se a relação está a dar resultado. Imaginem como seria viver com o nosso parceiro sem termos este tipo de dúvidas e sentimentos». Uma profunda chatice, se me permitem a resposta. Longe de mim está a expectativa de chegar a casa e ter o meu marido à minha espera a abanar a cauda. Ou de num momento de descontracção o ver todo esticado a arranhar o sofá com as unhas. Como também lhe agradeço por não ter de o levar a passear três vezes por dia nem mudar a areia da caixa.

 

Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 18-6-10

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publicado às 11:17