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John Adams baseia-se no livro homónimo, e vencedor do Prémio Pulitzer, de David McCullough. A série televisiva, que a Fox Next está a transmitir, ganhou oito Emmy em 24 nomeações. Como se nada disto bastasse, se tivesse eu própria de dar um prémio, entregá-lo-ia a esta grande série sem hesitar. Lembro-me de ver Paul Giamatti a receber um Emmy e a afirmar que nos Estados Unidos qualquer um podia ser presidente. George W. Bush estava ainda no exercício das suas funções. Li algures que a única crítica feita à série na América teve que ver com a representação pouco fiel de Paul Giamatti do carácter autoritário e intransigente de John Adams. Mais elegante, Simon Schama descreve-o como «um unitário com temperamento calvinista». Infidelidades à parte, esta é uma série de televisão baseada numa biografia que nunca pretendeu ser uma obra académica. Podemos, no entanto, desfrutar das personalidades dos grandes homens que fizeram da América um grande país, como Thomas Jefferson ou Benjamin Franklin. Mas a minha preferida é a extraordinária mulher de Adams, Abigail. A família, além de participar na fundação do país, dar-lhe-ia dois presidentes. Nada mau.
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 15-10-10