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Eu hoje acordei assim...

por Carla Hilário Quevedo, em 27.09.11

Zooey Deschanel, bem acompanhada à guitarra

 

... a interrupção nos trabalhos bloguísticos deveu-se a uma viagem que fiz até ao século IV a.C. O Pacheco Pereira não me viu porque estivemos em zonas um pouco diferentes, mas fomos vagamente vizinhos durante um tempo sem sabermos. Sou residente permanente no século I, mas mesmo assim fico espantada quando nestas incursões aos subúrbios do a.C. verifico que as preocupações dos homens eram parecidas, embora tivessem manifestações diferentes. Mesmo o perdão (um conceito sofisticado do Cristianismo) existia como possibilidade interessante em virtudes como a magnanimidade: ela própria um mistério descrito por Aristóteles na Ética a Nicómaco. É, no entanto, insuficiente estudarmos épocas remotas com o preconceito de que 'sempre fomos assim'. Dá a ideia um pouco ingénua (e pouco justa quando falamos de grandes estudiosos do tema) de que uma descrição competente do presente basta para compreender o passado distante. Nada disto é simples. O conhecimento do passado é feito de estudo, imaginação e empatia, e é adquirido aos poucos e em sucessivas viagens, até que se fica lá a morar. E depende por vezes da época e da tribo de onde se parte.

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publicado às 09:14