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... a chave de ontem do Euromilhões - 34 35 38 39 46 + 3 4 - foi uma vergonha.
... com Vasco Pulido Valente em 1993. Nem tudo se perde.
Linda Fiorentino
... ai, este país. Por muito que se ame Portugal, há alturas em que se duvida das vantagens em continuar a viver aqui. E se há dúvidas, então é porque o amor que julgávamos incondicional está a ser posto à prova. Ou estará a atravessar aquilo a que Alasdair MacIntyre chama uma crise epistemológica. Teremos de lidar com o problema resdescrevendo-o. Pode ser mais simples do que parece e passa por frases como: «Mas depois onde é que íamos comer um linguado grelhado por oito euros?» ou ainda «E este sol, meu Deus!». Nem todas as crises são para dramas. Entretanto, por uma vez na vida, estou em desacordo com Vasco Pulido Valente no artigo de ontem no Público. Não completamente, só porque também não gosto nada do artigo que Mário Crespo escreveu. Nada contra Mário Crespo, que não conheço, mas, mas, um grande mas. Às tantas temos Sócrates contra a TVI, o Público, o Sol e o Mário Crespo. Mas o que terá feito Mário Crespo para volta e meia estar no centro das atenções? Palavra de honra que não me apercebi de nada. Mas passemos à parte que me custa, que é a de não concordar com Pulido Valente. Ou pior: custa-me a minha certeza pesada de ter razão. O restaurante do Tivoli não é a Assembleia, mas o homem é o mesmo. Na verdade, Sócrates é de uma coerência impressionante: grita no restaurante como grita no Parlamento. Foi o próprio PM, com o seu comportamento, que acabou com as poucas hipóteses de ter conversas privadas. Neste caso (e no dos políticos em geral), a privacidade tem de ser conquistada. Está longe de ser um dado adquirido e ainda menos um direito. Pela simples razão de que estas pessoas nos representam. Não quer dizer que tenham de ser modelos de virtudes. Mas convém que não sejam completamente inseguros, irresponsáveis e de uma imprudência perigosa.