Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Há poucas semanas, os investigadores do King’s College arruinaram o santo graal do orgasmo feminino: o ponto de Gräfenberg, mais conhecido por Ponto G. Anunciado nos anos cinquenta e com existência formalizada nos anos oitenta, o tal ponto era afinal mais um produto da fé que da realidade. Os cientistas ingleses chegaram a esta conclusão após terem estudado 1800 mulheres, ou mais precisamente novecentas mais as irmãs gémeas. Sem entrar em pormenores que me escapam, a tese era a seguinte: se o ponto G existia numa mulher, também podia ser encontrado noutra com a genética idêntica. Como tal não aconteceu, decidiram que o Ponto G não existia. E quem somos nós para discordar da seriedade e da exactidão da ciência? No entanto, perante um tal escândalo, os franceses, não podiam ficar calados. Partiram para a violência e comprovaram o Ponto G nos exames de 56% das mulheres observadas. Isto significa que os ingleses e os franceses encontraram uma nova modalidade em que competir. Mas o melhor desta discussão foi o contra-argumento de um cientista francês aos chatos dos ingleses: «Não é uma questão de genética mas de uso». Vive la France!
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 5-2-10