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O repórter Ray Gosling, de 70 anos, surpreendeu os espectadores do programa da BBC Inside Out com uma revelação invulgar. Perante a confirmação dos médicos de que não haveria maneira de aliviar o sofrimento do jovem Bryn Allsop, a morrer de sida, Ray Gosling admitiu tê-lo sufocado com uma almofada. Depois desta confissão, o jornalista foi detido pela polícia de Nottingham e recusa-se a colaborar com as autoridades. Explica que fizera um pacto com o amante, em que ambos tinham prometido agir assim no caso de ficarem doentes e sem alívio para a dor. Ray Gosling chama ‘suicídio assistido’ ao acto que cometeu há cerca de vinte anos. Bob Dickinson, produtor da Radio 4, declarou ter ficado chocado com as declarações do amigo, que descreveu ao Guardian como uma pessoa «muito humana» e «obcecada com a importância das vidas das pessoas comuns». Alan Horsfall, activista dos direitos dos homossexuais, amigo do jornalista há quarenta anos, explica que Gosling lhe contou há anos o que fizera e que nunca tinha pensado que era um crime. Outros amigos conheciam a história há mais de dez anos e todos punham de parte a ideia de que a acção fora criminosa. O Suicide Act prevê uma pena que pode ir até aos catorze anos de prisão para o crime de cumplicidade na morte de outra pessoa. Pouco depois de o escritor Martin Amis ter defendido a criação de «barraquinhas de eutanásia em cada esquina, onde as pessoas de idade pudessem acabar com a sua vida com um martini e uma medalha», o caso de Ray Gosling promete intensificar um debate já longo em Inglaterra sobre a legalização da eutanásia. A maior preocupação com esta questão complexa é a dos possíveis abusos a uma lei que permita ao ser humano controlar o fim da sua vida. ‘Morrer com dignidade’ é por enquanto um privilégio de poucos que podem aceder aos cuidados paliativos. Mas este conceito precisa de ser mais bem explicado. O que significa morrer com dignidade? Ray Gosling é um assassino ou apenas uma pessoa bem-intencionada?
Publicado hoje no Metro. Deixe a sua opinião através do
Acabei de contar ao meu Pai as descobertas fabulosas sobre a morte do jovem faraó, e quando lhe falei sobre uma misteriosa necrose no pé que o impediria de andar bem, avançou com o seguinte diagnóstico: gota. Mesmo jovem, Tutankamon podia ter o ácido úrico elevado. Com o sistema imunitário debilitado, dificilmente resistiria a uma picadela de um daqueles mosquitos que andavam por ali muito contentes na zona do Delta. Seja como for, o Rei Tut morreu na sequência de uma insuficiência hepática e renal causada pelo paludismo. Não, não há vida privada.
Brigitte Bardot
... é cedo e está a chover e a fazer sol ao mesmo tempo. Aconteceu de repente e é bonito. Depois esta história sublime sobre a morte de Tutankamon. A política nacional está a viver um momento único, mas nada que chegue aos calcanhares desta fabulosa descoberta. Entretanto, a Mossad anda a trabalhar bem e daqui um grande Shabbat Shalom para os que andam pelo mundo com passaportes falsos a limpar o sarampo a assassinos do Hamas. Pronto, pronto. Já passou. Viram Aznar flipping the bird ao povo? Refrescante, sim senhor. Vantagens de não estar no poder. Nestes últimos dias, tenho pensado numa frase de António Barreto, dita meio na brincadeira, meio sem ser, numa entrevista há tempo a Constança Cunha e Sá. Dizia António Barreto que era optimista com ele próprio mas nunca com os outros. Na altura achei que isto era de um descaramento delicioso, mas não levei muito a sério. Hoje em dia, percebo exactamente o que queria dizer. Ah, e a culpa é do PSD.