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O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...
Alberto Caeiro
Anita Ekberg
... fiquei a pensar nas diferenças entre o vaidoso e o colérico. Parecem semelhantes mas estão em lados opostos. O primeiro sofre de um excesso de auto-estima; o segundo de uma deficiência. Ter uma dose moderada de auto-estima - nem mais nem menos - é o meio aristotélico que se pretende. Ora, após uma reflexão intensa de 24 horas sobre o tema, verifico que as personagens que mais me interessaram são coléricas e não vaidosas. Posto isto, José Sócrates - e lamento imenso - não me interessa assim tanto. O que só pode significar que afinal não é tão colérico como eu pensava... O problema talvez esteja nos meus exemplos preferidos de cólera: Aquiles (suspiro) ou Alexandre (duplo suspiro). Grandes homens capazes de grandes feitos e que são uns perfeitos descontrolados. Disto gosto muito. E também gosto muito que Tzipi Livni se tenha associado ao bomba inteligente neste momento feliz da história da Mossad. Daqui um shalom e um beijinho.