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Concentra-te, e serás sereno e forte;
Mas concentra-te fora de ti mesmo.
Não sê mais para ti que o pedestal
No qual ergas a estátua do teu ser.
Tudo mais empobrece, porque é pobre.
Ricardo Reis
Brigitte Bardot
... um dos aspectos desgradáveis desta crise foi ter obrigado os portugueses a falar de dinheiro. Mas já que o tema nos escolheu a nós, então que seja discutido com seriedade e rigor. Antes de mais, há que abolir a expressão «cortes simbólicos». Nada na poupança é simbólico, como bem saberá Belmiro de Azevedo. Desde as flores em São Bento - 60 mil euros em flores é uma piada parecida à dos três laptops para os deputados - às fundações, tudo conta. Esta notícia do DN apresenta uma solução sensata de redução de custos, que não implica chatear o contribuinte mais aflito. Estes últimos dias têm sido estimulantes deste ponto de vista. Como está tudo muito cansado disto, e ninguém percebe porque é que há medidas de austeridade «inevitáveis» que penalizam fortemente os que menos têm, é hora de reagir. E apresentar novas contas publicamente é a maneira mais eficaz de o fazer. O primeiro partido que elabore um plano alternativo decente, com as contas bem feitas e rigorosamente justificadas, vai ganhar muitos votos. Mudando de assunto, ou nem tanto, esta fotografia, tirada à socapa e twittada, faz lembrar um quadro do Hogarth que gostava de ver um dia.