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, wo sie die Vuvuzela spielt.

por Carla Hilário Quevedo, em 15.06.10

Caspar David Friedrich, Frau am Fenster, 1822

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publicado às 19:49

Pronto, pronto

por Carla Hilário Quevedo, em 15.06.10

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publicado às 19:43

No entanto...

por Carla Hilário Quevedo, em 15.06.10

... calma. Vuvuzelar sozinho - ou na companhia de quem nos ama, e por isso acha graça a todas as nossas excentricidades, que remédio; e na de animais não humanos e felinos, como o que já conhecem, que é bem capaz de estar surdo, visto que não tugiu nem miou quando fiz as experiências vuvuzeleiras mesmo à frente dele, coitadinho - é bem diferente de vuvuzelar no estádio, na companhia de milhares de criaturas que não conhecem o significado da palavra moderação. Sempre pensei que a vuvuzela seria tocada em momentos-chave, como antes dos jogos ou quando houvesse um golo. Assim como as temos ouvido durante os jogos, um ruído com efeito hipnotizador, podiam ser centenas de varejeiras gigantes, em permanente voo rasante. Mas isto tem um benefício imediato. Ah, a felicidade de ver um jogo de futebol sem som... Obrigada, darling vuvuzela! 

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publicado às 19:36

Amo a vuvuzela

por Carla Hilário Quevedo, em 15.06.10

Poucos gostam do som da vuvuzela – uma corneta estreita e compridinha. Confesso que o tom grave que emite me agrada imenso. Faz lembrar paisagens exóticas, tempo árido, sol a pique e animais de grande porte em movimentos lentos. A imagem correspondente ao som da vuvuzela é aquela baixa resolução de cores a separar a terra do céu, que parece haver na praia em dias de calor intenso. O tom baixo e contínuo é quente como as terras sul-africanas; um «vuuuuu» que só acaba quando não há fôlego para mais. No entanto, não é apenas a caixa torácica do tocador que é posta ao serviço do Mundial. Sugiro que a respiração seja controlada e para isso há que usar o diafragma. Distenda o diafragma ao mesmo tempo que inspira e expire contraindo toda a zona da barriga. Ah, esta expiração deve ser feita, claro, com a boca devidamente colocada na dita da corneta. A posição dos lábios não pode ser deixada ao deus-dará. Os lábios devem estar perfeitamente colados ao bocal, e a abertura da boca deve ser mínima. Caso deixe os lábios relaxados, o resultado é uma espécie um «brrrrruuuuuu» talvez mais abebezado. Este som também é giro. Os meus vizinhos vão ter um mês muito difícil...

 

Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 11-6-10

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publicado às 19:32