por Carla Hilário Quevedo, em 05.10.10
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por Carla Hilário Quevedo, em 05.10.10
... recordo o monárquico que era o meu Avô materno, natural de Guimarães, que pertencia «à situação», mas que era demasiado crítico de Salazar. Lembro-me dele na sua cadeira de balouço, a fazer aquilo de que mais gostava: a ler, a fumar imenso e a conversar. Era corajoso e gostava de paz. Os republicanos da família, sobretudo os de esquerda, gostavam muito dele e passavam tardes inteiras a falar com ele. Falam sempre do meu Avô com carinho e saudade.
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por Carla Hilário Quevedo, em 05.10.10
A eurodeputada italiana Licia Ronzulli levou a filha recém-nascida para o Parlamento Europeu e declarou ao El Mundo que «crê ser um gesto que simboliza as dificuldades que as mulheres enfrentam para conciliar a vida profissional e familiar». O gesto foi a actualização de outro idêntico de uma eurodeputada dinamarquesa que, no ano passado, levou o filho bebé para o Parlamento porque não tinha outra opção. Dar condições às mães e assim estimular a sua produtividade nas empresas não parece ser uma prioridade num mundo que só pensa em lucros a qualquer custo. É precisamente para contrariar esta tendência voraz que a eleição de mulheres para o Parlamento é necessária. Embora ser mulher não queira dizer estar mais atenta a questões que afectam directamente as mulheres, é certo que ajuda. E deve ajudar para chamar a atenção para problemas como a falta de creches, de flexibilidade de horários, etc. Tenho cá uma intuição que uma empresa que protege a maternidade das suas funcionárias é mais produtiva e forte que outras que a descuidam. Mas este é um tema demasiado sério para ficar dependente da decisão masculina. Se não funcionar, para a próxima mudem a fralda no plenário.
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 1-10-10
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por Carla Hilário Quevedo, em 05.10.10
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