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"Este cartaz não me serve. A justiça não busca "soluções" ou, pelo menos, nem sempre pode ambicionar a uma "solução". Perante a violação e assassinio de uma criança de 10 anos não faz sentido contrariar a aplicação da pena de morte argumentando que não será uma "solução", porque quem defende a pena de morte para um caso desses não está a tentar solucioná-lo, apenas considera que o mal que essa pessoa provocou apenas pode ser equilibrado com um decreto equivalente contra quem o perpetrou. Dizer, como se fosse um axioma, que a pena de morte não é solução, é afirmar, como corolário, que existe uma solução para todo e qualquer crime. Não existe; muitas vezes a única ambição possivel é provocar sofrimento equivalente; decorre que nem sempre é possivel uma justiça, quanto mais uma "solução"; enfim: não há uma solução para justiça. Existem crimes para os quais nem 8 penas de morte consecutivas satisfariam o que o meu instinto tende a chamar de justiça, ou seja, para mim casos existem em que a pena de morte é uma "solução" que peca por defeito, o que não foi o caso quando Israel enfiou um míssil na cadeira de rodas daquele idoso palestiniano paralítico, dado ter considerado que, nesse caso em concreto, se fez justiça. Por razões obscuras e com muita dificuldade, aprendi a lutar contra este meu mau feitio ao ponto de constantemente me declarar contra a existência da pena de morte. Mas isto não implica faze-lo ao lado de todo e qualquer amante da humanidade, lamento." maradona, que entretanto chegou quatro anos e meio depois, mas chegou.