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Floris Claesz van Dijck, Still Life, 1610
* Apesar do virtuosismo evidente, será mais fácil falsificar esta natureza-morta ou um Pollock? Talvez o primeiro, mas estou só a pensar em voz alta.
... a operação Caverna do Tesouro resultou na apreensão de 130 falsificações. Portugal funciona como "plataforma giratória de saída de obras". Falta de mão-de-obra qualificada, lá está.
Há não muito tempo, foram confiscados 27 quadros de pintores como Picasso, Miró, Matisse e Renoir. Ante a perspectiva de Portugal entrar na alta-roda do crime, o responsável pela área da criminalidade cultural (não sabia que existia, mas soa bem), deu conselhos sensatos. Se queremos comprar obras de arte, devemos documentar-nos sobre os seus autores, fugir das compras a particulares e procurar galerias prestigiadas. Sendo assim, estamos conversados. O crime cultural não passará. Mas qual não é o meu espanto quando leio no Guardian que a Christie’s vendeu quadros falsificados por trinta milhões de libras. Não eram cópias de originais mas obras de um artista alemão talentoso que pintava telas com títulos registados, mas cujo paradeiro era desconhecido. Lá se vão os conselhos de nos informarmos sobre o autor e procurarmos galerias prestigiadas. O incidente causou o pânico entre os coleccionadores, que chamaram especialistas para confirmar a autenticidade das últimas compras. Mas se a Christie’s foi enganada, em quem podemos confiar? Felizmente, com este orçamento não vamos poder comprar quadros. Senão, nem quero imaginar o perigo que estaria a correr.
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 22-10-10
Cameron Diaz (going Madonna)
... só há dias percebi que Stephen Sondheim escreveu cinco temas para o filme Dick Tracy - Back in Business; Live Alone and Like It; More; What Can You Lose?; e Sooner or Later - mas não é o autor de Hanky Panky (tão politicamente incorrecto como Thank Heaven For Little Girls), que Madonna incluiu na Blond Ambition Tour. Hanky Panky não faz sequer parte de Dick Tracy. Mas o verso «I don't want you to thank me, you can just spank me» é de inspiração sondheimiana. É talvez menos subtil e mais deliciosamente selvagem mas, ainda assim, uma maravilha em qualquer década.