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WikiLiki, WikiLiki, Wiki...

por Carla Hilário Quevedo, em 10.12.10

Cortesia das Cartas do Meu Moinho. Thank you!

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publicado às 17:55

Rádio Blogue: Ciberguerra

por Carla Hilário Quevedo, em 10.12.10

O maior desafio da humanidade não é reduzir a pegada ecológica, curar os super-vírus nem acabar com a miséria. O maior desafio da humanidade consiste em controlar a violência. Apesar de não crer que os seres humanos são assassinos em potência, preparados, sem disso saberem, para proteger a família com unhas e dentes e defender o país à bala, prefiro não ser testada. Defendo que os monstros adormecidos devem continuar a dormir. Mas se acontecer um dia despertarem, a violência dita inata deverá ser sublimada em criações maravilhosas. Se a melhor arte nasce dos espíritos mais violentos? Nem sempre, mas a tese é optimista desde que haja talento. Mesmo os que acreditam que somos todos maus sabem que nem todos seremos capazes de transformar o pior no melhor. Alguns serão só hackers. Vem isto a propósito da ciberguerra travada pelos apoiantes da WikiLeaks. Telegramas confidenciais sobre as manobras da diplomacia norte-americana foram revelados ao público. Quem não imaginava ficou a saber que Hillary Clinton quis saber mais sobre Sarkozy ou Berlusconi. Quem defende que não há que investigar a fundo os que têm responsabilidades sérias sobre as vidas dos outros critica a desconfiança da Secretária de Estado norte-americana. Ao que uns chamam prepotência, prefiro chamar profissionalismo. Seja como for, até ao momento a WikiLeaks ainda não divulgou nada de muito inesperado. E quando tal acontecer, é a informação que mais interessará ao público. Mais que o facto de ser revelada. Voltando à ciberguerra entretanto a decorrer no mundo virtual, segundo declarações do seu advogado, Julian Assange não ordenou nenhum dos ataques aos que boicotaram ou ameaçaram as actividades da WikiLeaks, pelo que a «Operação Vingança» constitui uma iniciativa de solidariedade cibernética espontânea. Entre as vítimas dos cerca de 1500 hackers activistas encontramos os sites da PayPal, da MasterCard, do Ministério Público sueco, e ainda o site do advogado das duas mulheres que acusam Assange, bem como as páginas do senador norte-americano Joe Lieberman ou Sarah Palin, ambos críticos das actividades da WikiLeaks. A violência do futuro é incruenta? Os ataques cibernéticos são uma forma de terrorismo?

 

Publicado hoje no Metro. Deixe a sua opinião através do 21 351 05 90 ou no Jazza-me Muito. Os comentários que chegarem até quinta-feira, dia 16 de Dezembro, às 15h, vão para o ar, na Rádio Europa, na sexta, dia 17, às 10h35.

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publicado às 17:37