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A 15 de Outubro de 1914, Ludwig Wittgenstein escreve no diário (v. Diários secretos) que recebeu uma carta de Keynes, em que este lhe perguntava se a bolsa do Professor Johnson de duzentos libras esterlinas se manteria depois da guerra. W. diz-se indignado com a pergunta de trabalho de quem um dia fora tão próximo dele. Já para não falar da sua absoluta falta de oportunidade.
Este foi um dos livros que mais gostei de ler este ano. Outro foi A Morte de Ivan Iliitch, de Lev Tolstoi. E depois houve outros. Nenhum de 2010.
Audrey Hepburn
... três coisas antes das outras que são da praxe publicar por estes últimos dias do ano. Antes de mais, nunca comprei nada na Ensitel e não é agora que vou começar. Segundo, o ex-presidente israelita Moshé Katsav foi condenado por violação. Lembro-me de há tempos ter referido o caso. Um homem giro e um espírito criminoso. Terceiro, Portugal não acaba em 2011. Mas talvez acabe em 2013. Temos muito pouco tempo para impedir que tal desgraça aconteça. Como? Antes de mais, reduzindo a dependência. Este é um enorme problema tipicamente português, que também tem que ver com educação. Não falo da dependência no sentido alargado do termo: de sermos todos dependentes (que somos, como seres humanos, animais dependentes uns dos outros: cf. MacIntyre). Falo da urgência em criar condições que permitam às pessoas fazerem a sua própria vida, num caminho que escolheram para si, e que não seja tão difícil e espinhoso. Quem quer ser independente (ou quem não tem outro remédio, porque não tem ninguém que o ampare), percebe as dificuldades com que se depara neste país. Pois se nem os pais incentivam os filhos a sair de casa! Portugal tem um grave problema económico que não se dissocia deste grave problema de educação. Dizem que é uma mentalidade. Acrescento que é uma mentalidade que levará o país à ruína. Antes que me medinacarreirize, devo dizer que encaro o novo ano com fé. Não é tudo mau.