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... a Ana Cristina Leonardo, o João Gonçalves e eu vamos conversar sobre uma série de temas, e também sobre blogues e redes sociais, no dia 28 de Abril, às 19h, na Almedina do Atrium Saldanha. Apresentações, recomendações de livros, etc. aqui. A entrada é livre.
Não é tema de conversa para um jantar civilizado, mas a verdade é que há trabalhos repugnantes e impensáveis. Há pessoas que limpam dejectos, guardas prisionais em países subdesenvolvidos, gente que procura materiais recicláveis no lixo… Enfim, há muitas tarefas difíceis. A Lapham’s Quarterly fez na sua última edição online uma lista bizarra dos trabalhos a que uma parte da humanidade se dedicou ao longo da História. Os serviços estão divididos entre níveis de risco e tédio, repugnância e aborrecimento. Entre os mais perigosos encontramos, sem surpresa, os provadores de comida. No binómio perigoso e nojento temos os colectores de sanguessugas. Andavam nos pântanos para que os bichos se agarrassem às suas pernas. Depois tiravam-nos com delicadeza e levavam-nos intactos aos médicos. Servir nos banquetes dos imperadores romanos está incluído nas tarefas nojentas e entediantes. Tinham de manter a sala de jantar limpa de vómito e segurar nos recipientes onde os convidados urinavam. De todos os trabalhos da lista, o menos mau é o moderníssimo empurrador de pessoas para dentro das carruagens do metro de Tóquio. É antipático, mas ao menos é limpo.
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 21-4-11