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por Carla Hilário Quevedo, em 25.11.11

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publicado às 19:13

Dor de Cabeça: Piquetes de greve

por Carla Hilário Quevedo, em 25.11.11

Qualquer democrata respeita o descontentamento, a frustração e a irritação dos que se manifestam contra as políticas que consideram injustas aderindo à greve. Respeita, de igual modo, haver quem decida não parar porque acredita que o melhor que pode fazer por si e pelo País é continuar. No meio do sim e do não, temos a figura do piquete. Segundo a indicação de um twitteiro amável, fui ter ao artigo 533.º da lei n.º 7/09 de 12/2 do Código do Trabalho, que diz assim: «A associação sindical ou a comissão de greve pode organizar piquetes para desenvolverem actividades tendentes a persuadir, por meios pacíficos, os trabalhadores a aderirem à greve, sem prejuízo do respeito pela liberdade de trabalho de não aderentes». Apesar da lei, os piquetes de greve têm má fama. Sempre que há notícias de desordem e confrontos em dias de greve, há um piquete pelo meio a querer «persuadir» mais intensamente o próximo que não quis aderir à greve. É normal haver ânimos exaltados quando há quem queira impor a sua vontade aos outros. A greve geral de dia 24 não foi excepção. As notícias de conflitos chegaram cedo. Desde as onze da noite do dia anterior que vinte e cinco elementos do piquete de greve nas oficinas municipais de Oeiras barravam a passagem de cinco carros de recolha do lixo. A PSP interveio até conseguir dispersar a barreira que impedia a passagem dos condutores. Casos parecidos com autocarros e comboios interditos de circular por grupos de trabalhadores e outras pessoas não relacionadas com as empresas chegam às notícias durante a manhã. Também há piquetes simpáticos. Só não são notícia. Os piquetes agradáveis são aqueles que distribuem folhetos aos ditos «não aderentes», sem trocar uma única palavra com quem entra na empresa. Só lhes passam para a mão uma folha impressa em papel reciclado com a lista de medidas que os espera, a eles e a todos, no ano que vem. À saída, o não aderente é recebido com um cartaz a chamar-lhe «avestruz» ou um mimo do género. Tudo na maior persuasão silenciosa. Assim, sim, é possível fazer greve e trabalhar.

 

Publicado hoje no Metro.

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publicado às 19:00

Eu estou bem assim

por Carla Hilário Quevedo, em 25.11.11

Mas mal de mim

Se eu me fosse apresentaaaaaar

Como o senhor do meu bem-estar

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publicado às 12:38

Eu hoje acordei assim...

por Carla Hilário Quevedo, em 25.11.11

Jessica Brown Findlay

Jessica Brown Findlay

 

... cheguei à conclusão de que resisti a Downton Abbey como uma criança resiste a ser vestida. O Guardian incluiu a série num novo género: o New Boring. Tem graça e tem razão. Downton Abbey não tem a densidade que me apetecia que tivesse, mas os actores são muito bons e os diálogos também. E depois há aquele problema interessante e complicado de herança que impede a encantadoramente estrábica Lady Mary Crawley de ser a herdeira legítima porque é mulher. Os vilões são uma irlandesa, a criada O'Brien, e um homossexual, o criado de libré Tom. Ainda temos o motorista socialista, William, que Lord Grantham considera um agitador. Os caracteres estão bem definidos num mundo que mudará com a mortífera Primeira Guerra Mundial e o desaparecimento de uma parte importante da aristocracia rural inglesa, ainda há pouco lembrada no Dia do Armistício. A primeira temporada acabou. Já via a segunda.

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publicado às 11:24