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... ficou a suspeita de que Carnage pudesse ser o filme do ano. Não fui muito ao cinema, como é, aliás, habitual, e fiquei a olhar para as listas de filmes sem que os títulos me dissessem nada: nenhuma incluiu este Polanski novo, que é um grande filme. Foi recebido à bomba nos Estados Unidos e tenho uma vaga ideia sobre o que terá levado os americanos a odiarem Carnage (as palavras da crítica foram de ódio), mas agora não quero falar sobre isso. Prefiro dizer que a empatia com Alan Cowan pode estar resumida ao amor pelo seu telefone, mas também pode ter acontecido porque é a voz mais distante (a de Polanski) e castigadora dos que prolongam a culpa nos outros. O meu desejo para este ano é não nos tornarmos más pessoas por causa das nossas infelizes ou trágicas circunstâncias.