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O ano anunciado por Pedro Passos Coelho como sendo «o mais determinante» é-lhe astrologicamente favorável. Em Fevereiro, com a chegada do novo ano, apesar de não ter a sorte de ser um Dragão de Água (o mais sedutor e estimulante dos dragões), o Primeiro-dragão português é visto pelos olhos dos chineses como um bom presságio para o investimento no nosso país. A língua mais procurada nas escolas é o mandarim, e os pais exigem que os filhos a aprendam de pequeninos. A pensar no presente, Nuno Crato elabora uma reestruturação curricular que prevê o ensino do mandarim na escola pública, a par do inglês e do alemão. Boas notícias para os professores de português de malas feitas para os confins do Nordeste brasileiro. A entrada dos chineses no nosso país é o nicho de mercado por que ansiavam. Começou tudo com a dificuldade de os chineses dizerem REN, que os obrigou a fazer cursos intensivos de pronúncia dos erres. Habilidosos e criativos, os professores elaboraram um método de ensino da pronúncia com pedras na boca, à boa maneira de Demóstenes, que acabou de vez com aquele LEN que ninguém percebia. Foram condecorados nesse mesmo ano por Cavaco Silva.
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 30-12-11