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'Mr Hitchcock, what is your definition of happiness?'

por Carla Hilário Quevedo, em 16.03.12

Um diamante do Open Culture.

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publicado às 18:29

Dor de Cabeça: Um problema comum

por Carla Hilário Quevedo, em 16.03.12

Acontece a todos. Acordamos com uma canção na cabeça e passamos o dia a trautear a melodia e a repetir a letra. Por vezes, não sabemos como os otovermes – um neologismo criado por Miguel Esteves Cardoso, para designar as canções que ficam no ouvido – aparecem na nossa cabeça. A professora de Psicologia, Vicky Williamson, da Goldsmiths, University of London, estuda estes assuntos da memória musical. Numa entrevista à NPR, disponível online, Vicky Williamson explicou que há condições essenciais para uma canção se alojar na nossa cabeça. A simplicidade da melodia e a repetição das palavras são importantes para a memória. Por isso, as primeiras candidatas a otovermes são as canções infantis, fáceis de fixar, e que também estarão associadas a momentos felizes. Outra maneira de apanhar um otoverme é em conversas com amigos sobre canções que não nos largam. Vicky Williamson explica que tenta não contaminar os outros com os seus otovermes. No programa de rádio em que participava, pedia-se aos ouvintes que dissessem qual era o seu otoverme mais frequente e alguém cantarolou a Garota de Ipanema, de Tom Jobim. Logo a professora e o entrevistador se queixaram de ter ficado com o bicho na cabeça. O meu otoverme mais recorrente é um tema de Paulo Alexandre, de 1977, intitulado Vinho Verde. As razões por que isto acontece são totalmente misteriosas. Como fazer para nos livrarmos dos otovermes? Ouvindo temas que nos façam esquecer os que nos moem. O pior acontece quando a cura musical é tão ou mais otovérmica. Para esquecer o Paulo Alexandre, a Helena, minha amiga, fez o favor de me lembrar o Boss AC, que depois, claro, andei a repetir a semana toda. Reza assim: É sexta-feira, yeah…

 

Publicado hoje no Metro.

 

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publicado às 18:16

Eu hoje acordei assim...

por Carla Hilário Quevedo, em 16.03.12
Marilyn Monroe 

 

... com o imperador Cláudio na cabeça. Não é um pensamento agradável. Embora não tenha sido o mais cruel dos Claudii, é mais ou menos fácil de perceber que não o era por falta de condições, sobretudo físicas. Não sei o que Cláudio teria feito se não gaguejasse, por exemplo. Teria sido mais parecido com Calígula, é a minha aposta. A disposição de ambos é parecida; os dois amorais, cruéis e arbitrários na sua conduta. Penso, no entanto, e não estarei sozinha nesta tese, que foram as limitações óbvias de Cláudio que o protegeram da morte certa. Não era uma ameaça. E assim chegou ao poder. Até estava naquele sítio, àquela hora, e tinha o sangue certo a circular nas veias.   

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publicado às 08:46