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Krysten Ritter
... o oitavo episódio da quarta temporada de Breaking Bad tem vários momentos memoráveis. Vou falar de dois. O primeiro passa-se na sala de espera de um consultório. Walt prepara-se para fazer o seu exame de rotina e tem ao lado um rapaz a contar a história de como, de repente, ficou a pensar que não tem controlo sobre a sua vida. Walt diz-lhe que isso é uma treta, porque só ele tem controlo sobre as suas decisões. Não é uma questão de acontecerem coisas que não controlamos, mas de percebermos o que queremos e podemos fazer quando acontecem. O segundo momento é o do interrogatório policial a Gustavo Fring. Gus é perfeito e, como tal, tem todas as respostas para perguntas inesperadas à partida. Podia ser apanhado ali, mas não. Ele é, como diz Hank Schrader, 'Terms of Endearment convincing'. Fiquei a pensar se seria credível uma pessoa apanhada de surpresa daquela maneira ter um controlo tão absoluto sobre as suas reacções. Pode, porque são muitos anos a fazer o mesmo, e pode, porque até o vimos instantes antes, à espera para falar com a Polícia. Gus teve tempo para pensar na ponta que estaria solta. Ah!, as impressões digitais deixadas em casa de Gale. Mas não teve tempo para se preparar para a pergunta de Hank sobre o passado, o Chile. Não tinha encontrado nada. A sua expressão de profunda irritação mostra que há um problema. 'No regime de Pinochet, desapareceram muitos registos', respondeu Gus, a recuperar. Estava super-explicado. A cereja no topo desta maravilha de diálogos, representação e realização é a cena que se segue. Só vemos a cara de raiva de Gus no elevador. Está velho de repente.