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O novo James Bond é um muito bom filme realizado por Sam Mendes e protagonizado por Daniel Craig. É um filme de acção, em que o agente secreto mais famoso do planeta nos aparece como o herói britânico que passou por muito, que já viu tudo, que envelheceu. Foram tantas as Bond girls que já nem vale a pena. Nada o pode impressionar. A rapariga desaparece pouco depois de aparecer, mas a tempo de mostrar um vestido de noite deslumbrante, mais um robe belíssimo, mais um vestido simples cor de vinho bastante competente. Não precisava de viver muito mais. O guarda-roupa Tom Ford é, aliás, perfeito, tal como o vilão Silva de Javier Bardem, também ele decadente, ex-agente, bicha má, ressentido com o MI6. Na conversa entre Bond e Silva surge a alusão a uma possível experiência homossexual de Bond. 'Ossos do ofício', diz o agente profissional. É um Bond nostálgico de um passado que não volta, de uma juventude que desapareceu. Gostei imenso.
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 9-11-12