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Marilyn Monroe
... esta fotografia é um clássico para estar acordada a dormir. Há algumas fotos de Marilyn Monroe assim. Umas mais sexy do que outras, de olhos abertos, de olhos fechados. Brigitte Bardot também tem algumas fotos na cama, umas a dormir, outras não. Mas das minhas outras raparigas preferidas não encontrei imagens num soninho descansado. Anna Karina não dorme, nem Ava Gardner, Lauren Bacall muito menos, Sophia Loren, está, no máximo, sentada na cama, Natalie Wood nem vê-la, Grace Kelly nem pensar, Audrey Hepburn só com máscara, divertida. Assim sendo, vou ter de voltar a acordar acordada um dia destes. Mas hoje não, que é domingo.
... tarantismo institucional é uma bela expressão. Toda a vida este País padeceu desse mal que, por fim, é baptizado como merece. Um bando de tarantas, é isso mesmo, que acredita que o tempo passa e a solução aparece por milagre ou porque o tempo passou. Como aquelas pessoas que andam de um lado para o outro e pensam que avançaram alguma coisa, só por terem andado quilómetros num corredor. Por mim, prefiro outras atitudes. Uma delas é a sábia e feminina de séculos: dói-me a cabeça e vou deitar-me.
... toda vestida e outra vez a dormir. A sério que não é má vontade: só um novo hábito, adquirido nestes tempos confusos. Não é uma desistência; é só a minha maneira de dizer que já percebi tudo, infelizmente. Já percebi, por exemplo, que a imprensa em Portugal vai falir em massa se não agir para ontem, se não ouvir pessoas mais novas e pouco ou nada comprometidas (estou a falar de mim e não só), se continuar a fazer de conta que o problema se resolve com uma "passagem para o online". Não há deuses ex machina. Sem o reconhecimento dos problemas, uma estratégia sólida para os combater e soluções possíveis, não há salvação. Depois podem vir berrar pelo jornalismo e pela liberdade de expressão que será tarde demais.