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Irrational Man (mau filme). The Lunchbox (romântico e encantador; adorei).
Brigitte Bardot
... muitas pessoas que não têm animais de estimação e muitas outras que têm costumam pensar que cães e gatos são como filhos dos seus donos. É certo que cães e gatos não falam, o que pode confundir. Embora o Varandas tivesse quatro ou cinco meses quando o conheci, há 17 anos, nunca me pareceu um bebé. Era uma bola de pêlo que andava pela casa, parecia um gremlin (o Gizmo) e não gostava de leite nem de comida húmida. Estranho gosto para um gatinho. Seria já adulto? Não era mas sempre o vi assim, como um igual, como o que somos profundamente: matéria viva em decadência, perecível. Assistir ao ciclo de vida do gato, desde cedo até à velhice, ajuda a que pense assim. Se o Varandas foi "meu filho", também foi "meu pai", e agora é "meu avô". É, aliás, "meu avô" há pelo menos sete anos. Com dez, um gato já é considerado velho. Há dias dei-lhe Whiskas, que não pode comer. Não comia há três dias e pensei se o McDonald's felino o animaria. E animou! Se calhar os gregos têm razão quando se tratam por "menino" e "menina", independentemente da idade.