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Viagem a Tóquio (comovente, delicado e maravilhoso). O Fim do Outono (os homens são cavalheiros e as mulheres são anjos - estou apaixonada pelo Ozu).
Beatrix Kiddo aka Uma Thurman
... os debates teriam sido muito mais interessantes se alguém tivesse aplicado a five point palm exploding heart technique, mas neste país entediado temos o tédio que merecemos. A tímida excepção foi o debate entre Marcelo Rebelo de Sousa e Sampaio da Nóvoa, que até estavam sentados tão perto um do outro (sempre me pareceu perigoso estar sentado demasiado perto de alguém com quem se está a debater). Metaforicamente (boring) Marcelo puxou da sua hattori hanzo e reagiu à falta de educação de Sampaio "Esta É Uma Campanha Do Nós" da Nóvoa. E o que fez o povo? Criticou Marcelo por afinal não ser o cordeirinho manso de domingo. Já tinha combinado comigo mesma não sair de casa no dia 24 de Janeiro, mas a falta de paciência de Marcelo fez com que mudasse de ideias. Foi no primeiro "ai sim?" que conquistou o meu voto.
Acaba de sair o número de Inverno da Forma de Vida. Ensaios, juvenília, ficção — e fotografias de António Júlio Duarte. Escrevem neste número: Cesar Kiraly, Bruno Vieira Amaral, Alexandre Andrade, Alberto Arruda, Humberto Brito, Sebastião Berfort Cerqueira, Filipe Felizardo, Rodrigo Abecasis Fernandes, Luísa Costa Gomes, Nora Goerne, Júlia de Carvalho Hansen e Nunes da Rocha. É publicado mais um fascículo da tradução de Telmo Rodrigues de 'Joseph Conrad, uma recordação íntima', de Ford Madox Ford.
Joshua Reynolds, Self-portrait, 1765
Fui premonitória quando escolhi um auto-retrato de Joshua Reynolds para acabar o ano. Este, que pintou passados 18 anos, faz parte da Colecção Wentworth-Fitzwilliam na Fundação Calouste Gulbenkian. Bela exposição!
Leviathan (muito bom). Man from Reno (hm, não).
Cleópatra aka Elizabeth Taylor
... às vezes penso que esta rubrica já devia ter acabado há uns três anos, mas é pelo menos há tanto tempo que ando preguiçosa para arranjar novas rubricas para o blogue. Vou acordando quando me apetece dizer alguma coisa e entretanto pode ser que apareça outra ideia para um novo pretexto. Também seria um benefício para os que adaptaram a rubrica e esgotaram as palavras "hoje" e "assim", além de todas as formas do verbo "acordar". Vi há dias Seven Chances de e com Buster Keaton. O filme tem várias cenas memoráveis, mas a que me impressionou mais foi esta. Buster Keaton (ou Jimmy Shannon) foge de umas dezenas de pretendentes que responderam a um anúncio de casamento. O equivoco é resolvido com a fuga, uma decisão cómica que parece um acto de cobardia, mas que depressa se transforma em coragem por ser uma fuga tão atlética de uma pessoa que dá corda aos sapatos porque, como se diria hoje, "zela pelos seus interesses". A dada altura, a correr pela colina abaixo, o herói provoca uma avalanche de pedregulhos, dos quais se protege subindo classicamente a uma árvore. O melhor disto tudo é não ser uma metáfora. Or is it?
Kaamran Hafeez, na excelente New Yorker.