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O Varandas morreu hoje por volta das 11h30. Não consigo ser tão precisa quanto à data do seu nascimento, mas pelas minhas contas e com a ajuda da memória da Maria João, o gato terá nascido em Setembro de 1998 (ah, era um virginiano!). Apareceu em casa do meu namorado em inícios de 1999. Nunca mais me esqueci daquele primeiro momento em que o vi a correr pelo corredor fora direito a mim. Era uma bola de pêlo com patas que parecia rebolar na minha direcção. A partir daí adoptámo-nos um ao outro, embora gostasse de pensar que o Varandas era uma espécie de rival e de fantasiar que era uma espécie de intrusa na casa onde ele morava com o grande amor da vida dele, que também era o grande amor da minha vida. Tudo um disparate destinado a ser tema de conversa e galhofa. O gato acompanhou-me ao longo dos anos e dormia ao meu lado enquanto eu escrevia. Parece um cliché, e é a mais pura verdade. Foi o protagonista da série Ninho de cucos, e fez parte da nossa vida durante quase 18 anos. Foi um grande amigo e foi um herói quando salvou a Marieta com uma transfusão de sangue, mas não se deu bem com a família quando estiveram reunidos por escassos instantes (e nós, tão estúpidos, a acharmos que ia ser boa ideia reunir os gatinhos...). Sempre teve uns rins frágeis mas nunca esteve realmente doente até há um ano e meio lhe ser diagnosticada uma insuficiência renal, que fomos tratando até não haver mais nada a fazer. A doença agravou-se desde o Natal e sei que ficou todo este tempo connosco porque era muito amado. Descansa em paz, querido bicho.