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Brigitte Bardot
... a família tem acrescentado a um ritmo razoável homens e mulheres de outros países. Segui, na verdade, uma tradição familiar, que é confirmada a cada novo casamento. Até agora temos os seguintes países belissimamente representados: Escócia, Argentina, Itália, Rússia, Inglaterra e, claro, Portugal. E assim vamos conquistando o mundo. Faz falta um ou uma representante da América do Norte, mas ainda há gente a crescer.
45 Years (uma pessoa está muito bem e de repente percebe que não é o grande amor da vida da pessoa com quem casou - um filme muito triste).
Grace Kelly
... há uns anos, não muitos, desisti de ler livros na praia. Não sei como aconteceu, mas penso que foi gradual. Esquecia-me do livro em casa. Passei a apreciar o tempo sem fazer nada a não ser conversar (se tinha companhia), a dar passeios ou a olhar para o mar sem fazer mais nada. Nem sequer era "o prazer de ter um livro para ler e não o fazer" porque não verdade não o tinha. Passou a ser o prazer de estar num sítio sem fazer - e por vezes sem dizer - nada. As actividades ficam reduzidas a muito pouco e estar na água é a ocupação mais importante. De vez em quando levo uma revista e espreito os casacos de Inverno. Mesmo o jornal nem sempre me apetece ler na praia, talvez porque me habituei a ler online (pagando as assinaturas sempre que me é exigido). Por acaso, agora que digo isto lembrei-me de uma excepção: no ano passado, li o livro da minha amiga Djaimilia Pereira de Almeida na praia, sem paragens e com emoção, antes de estar disponível nas livrarias (privilégios da amizade). Foi uma excepção em mais do que um sentido da palavra.
Jon Stewart e Stephen Colbert depois da nomeação exótica de Donald Trump como candidato dos Republicanos à presidência dos Estados Unidos.
Romy Schneider
... há uns anos conheci uma pessoa que tinha tido um conflito com a Martha Nussbaum. Era um homem amável até ao dia em que contou uma discussão que, segundo ele, provocara um amuo da filósofa. Como é costume em ocasiões em que pessoas contam coisas para ficarem bem na fotografia e em que acontece o oposto a cada palavra dita, fiquei calada a olhar. Se calhar era só inseguro, característica intrínseca ao sexo masculino, e Nussbaum não só é especialmente forte como não hesita em mostrar essa força. Lembrei-me deste episódio ao ler este perfil magnífico: "Nussbaum is monumentally confident, intellectually and physically. She is beautiful, in a taut, flinty way, and carries herself like a queen. Her voice is high-pitched and dramatic, and she often seems delighted by the performance of being herself." Que refrescante!
Romy Schneider
... Há muitos, muitos anos que não ia à missa. As razões não são originais. Há um dia em que damos por nós afastados dos rituais, embora não necessariamente da crença. Não posso dizer isto a pessoas que não admitem que a segunda possa sobreviver sem a prática regular da primeira, mas não faz mal. Acontece que assisti a um sermão que me deixou a pensar, a partir de um episódio da vida de Jesus, sobre como a urgência é tantas vezes uma distracção disfarçada de prioridade. Esta conclusão do jovem padre na sua primeira missa foi luminosa e alegre. E assim é-se eficaz. É possível que volte a ouvir este sacerdote que me despertou por momentos de um sono de décadas.
Cartoon de Edward Steed, na sempre excelente The New Yorker.
Deadpool (um filme divertido para rapazes). The Family Fang (Nicole Kidman é uma grande actriz - um filme original sobre "matar os pais"). The Inerasable (um filme que me deu uma ideia).
Ricardo Quaresma, braço à volta do pescocinho francês, mãozinha na cabeça para amparar
... Fernando Santos, um homem que sabe grego, pode ter dito que só vinha para casa no dia 11, mas a equipa não ganhou por o treinador acreditar na vitória. (Só para esclarecer: para um crente, Deus está presente na vitória e na derrota.) A vida é mais complicada. Na minha análise de comentadora desportiva a partir de ontem, o vento mudou depois de Portugal vencer contra a Croácia. Com persistência, sem dúvida, e sorte, foi possível interromper o ciclo de empates que parecia estar a paralisar a selecção. Uma conjugação de factores internos e externos (gostam?) fez com que a selecção fosse "repescada" para poder passar aos quartos de final. Aquela primeira vitória deu à selecção a confiança que lhe permitiu continuar até à vitória final. Era preciso "ver os resultados do trabalho". Acabei a noite a twittar que podiam meter a Torre Eiffel, etc. Nada mal para alguém que não tem grande interesse por futebol (sobretudo nos últimos anos em que o FC Porto enfim). Fico contente por não haver jogos emocionantes todos os dias. Transformava-me num hooligan. Viva a selecção portuguesa! Viva Ronaldo! Vivam todos!