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Depois de ter passado a minha vida a fazer ballet, ginástica rítmica desportiva com aparelhos, e todo o tipo de ginástica que se pode imaginar, gostaria de me dedicar ao tiro desportivo de precisão com carabina em três posições (deitado, de joelhos e em pé), com o alvo colocado a 50 metros. Pelo que percebo, esta modalidade está reservada ao sexo masculino, mais uma prova de que os homens se divertem mais. Também me parece cara. Vê-se pelo fato pesado, concebido para imobilizar completamente o atleta, as palas para focar a visão no que é preciso, os sapatos, a própria arma. Dei por mim a torcer pelo italiano Niccolò Campriani, que acabou por vencer a prova, talvez por estar a ser consistente a acertar no alvo. E isto tudo sem perceber nada do assunto.
As corridas de velocidade, o salto em altura e o triplo salto são desportos que fazem mulheres muito interessantes. Patrícia Mamona consegiu um excelente sexto lugar no Jogos Olímpicos e tem Tóquio à sua espera para chegar ao pódio. Durante a fase de qualificações e na final foi maravilhoso assistir à atitude daquela que seria a vencedora, a colombiana Caterine Ibargüen. Parecia a Gloria Swanson naquela cena do Sunset Boulevard, mas no auge da sua juventude. Fiquei a pensar se um ambiente demasiado português, em que características como a "modéstia" ou a "humildade" são valorizadas (e reacções erradas ao que é confiança e não vaidade), não poderá estar a castrar (passo a expressão) a confiança necessária a Patrícia Mamona para vencer esta prova em 2020. Sugiro a importação de treinadores estrangeiros.