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Vi menos de atletismo do que gostaria porque a diferença horária não ajudou. Mas vi a primeira final ganha por Usain Bolt, no mesmo dia em que o sul-africano Wayde Van Niekerk bateu o recorde do mundo nos 400 metros aos 43,03 segundos. Também vi quando Bolt fez este sorriso numa corrida de qualificação para os 100 metros. Faz lembrar o Omar Little. Agora que é triple-triple e tem quase 30 anos já vai poder atender à vontade da mãe.
A competição de ginástica artística feminina teve este ano uma vencedora em todas as provas em que participou. Simone Biles ganhou o bronze na trave, porque teve o equivalente a uma queda. A medalha de bronze "desapontou" milhões de imbecis que ocupam espaço virtual nas chamadas redes sociais a partir dos seus quartinhos, onde vivem na obesidade potencial ou efectiva. A grandiosidade está à vista para quem levantar os olhos do telefone e com Simone Biles de uma forma que não teve concorrência, mas a reacção colectiva é estúpida como uma porta porque ganhou quatro medalhas de ouro em vez de cinco. Gabby Douglas, excelente ginasta, foi vítima de bullying nas sempre tolerantes redes sociais porque não pôs a mão no peito quando tocou o hino. Tenho saudades de um tempo em que não existiam meios para as pessoas comentarem no momento e publicamente aquilo que lhes passa pela cabeça e em que os jornalistas não se sentiam na obrigação de fazer o mesmo.