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Feliz 2017

por Carla Hilário Quevedo, em 31.12.16

The Bardot

Salvador Dali, Brigitte Bardot e Gunther Sachs, 1968

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publicado às 15:45

Gorilas do ano

por Carla Hilário Quevedo, em 31.12.16

O ano fica marcado com a morte prematura de Harambe, na sequência de um acidente com uma criança que caiu no fosso dos gorilas no jardim zoológico de Cincinnati. O gorila teve de ser abatido e a decisão indignou muitos defensores dos direitos dos animais que odeiam mais os humanos do que defendem realmente os animais. Tenho pensado nestes casos e concluí que devemos agradecer que estimem os seus animais, mesmo que não suportem o vizinho. Será errado que cada pessoa pratique o bem que está ao seu alcance?

 

história que me encantou foi a do gorila Kumbuka que fugiu por instantes da sua cela no zoo de Londres, numa fuga descrita como "oportunista", sem grandes consequências. Kumbuka escapuliu-se por um corredor pouco antes do jantar. E o que fez o macho alfa de 184kg nos poucos minutos de liberdade? Bebeu cinco litros de sumo concentrado de groselha. A liberdade é doce.

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publicado às 15:36

Vídeo do ano, de longe

por Carla Hilário Quevedo, em 31.12.16

 

"The baby iguana of the Galapagos" faz parte desta lista que o Washington Post em boa hora elaborou. A cena espectacular e emocionante do programa Planet Earth II, de Sir David Attenborough, mostra como fazer de morto nem sempre resulta, mas às vezes tudo se resolve com uma "miraculous escape". 

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publicado às 09:18

Planos para 2017

por Carla Hilário Quevedo, em 30.12.16

Ontem, no Irritações, irritei-me com a palavra "resolução", que me lembra a solenidade de decisões com vínculo jurídico do Conselho Geral das Nações Unidas, para designar aquilo que é apenas um conjunto de desejos ou planos para o ano que começa. Não gosto da palavra pomposa decalcada do inglês, porque dá um peso inútil àquilo que tencionamos fazer. Porém, isso não significa que não tenha a minha lista, que partilho, na medida do que pode ser partilhado. Não quero deixar de fumar (não fumo), não quero emagrecer (peso 55 kg), não me diz nada "fazer detox" das redes sociais em que participo com parcimónia (who cares?) e estou a gostar de voltar ao blogue. Eis a lista:

 

1. livrar-me (no bom sentido) de uma ideia (em Fevereiro);

2. cumprir um prazo;

3. terminar uma coisa;

4. dizer que não, não, não até à conclusão do ponto 2;

5. continuar a fazer ginástica quatro vezes por semana.

 

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publicado às 09:26

Debbie Reynolds (1932-2016)

por Carla Hilário Quevedo, em 29.12.16

A notícia da morte de Debbie Reynolds, um dia depois do desaparecimento da filha, Carrie Fisher, é de uma tristeza sem fim. "I want to be with Carrie" terão sido as suas últimas palavras. Respeitemos a memória de mãe e filha.  

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publicado às 10:07

Planos para o futuro

por Carla Hilário Quevedo, em 28.12.16

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publicado às 18:10

George Michael (1963-2016)

por Carla Hilário Quevedo, em 26.12.16

É uma geração inteira que envelhece hoje.

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publicado às 10:42

Truque visual

por Carla Hilário Quevedo, em 25.12.16

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Paul Cézanne, La Montagne Sainte-Victoire, 1887

 

"Cézanne has that visual trick of painting a tree branch in the foreground that follows the curve, in the background, of Mont Sainte-Victoire. Look at the pine branch (in the wonderful Courtauld painting of circa 1887, for example) and it brings the mountain forward. Look at the mountain, and the branch recedes. “It’s not the eye that distinguishes distances,” Cézanne seems to be saying. “It’s the mind.” De uma reflexão sobre distância, desejo, ética de drones, Emily Dickinson e Cézanne, aqui.    

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publicado às 09:20

Um pássaro na mão

por Carla Hilário Quevedo, em 24.12.16

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Henri Matisse, por Henri Cartier-Bresson, 1944

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publicado às 16:55

Melhor do que o original

por Carla Hilário Quevedo, em 24.12.16

A Slate diz que a versão de Stevie Wonder de "We Can Work It Out", dos Beatles, é melhor do que o original. Hear, hear!

 

Life is very short, and there's no time
For fussing and fighting, my friend

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publicado às 13:02

Ver de longe

por Carla Hilário Quevedo, em 23.12.16

Adorava que me oferecessem um drone, mas sei que não vai acontecer. Não vai acontecer também porque é mais ou menos um desejo secreto. Já devo ter dito que gostava de ter um drone, mas nunca fui muito veemente na expressão deste desejo. E o desejo tem de ser expresso com clareza, senão confunde-se com outra coisa qualquer, como preguiça, capricho ou gripe. Acontece que nem eu percebia bem por que gostava de ter um drone. Isto até ver o documentário baseado nas conversas entre Hitchcock e Truffaut, em que a dada altura se fala de um plano em The Birds. Vários realizadores comentam este plano tão de cima e dizem que não se percebe quem está a olhar lá para baixo. Só pode ser Deus, porque é demasiado longe de tudo. Hitchcock oferece a explicação mais prosaica: filmar assim poupava-o a uma série de pormenores, como ter de filmar gente a fugir, etc. A explicação prática é poderosa mas nunca é completa e sobretudo não é a verdadeira, passo o meu Freud. Aquilo que me atrai no drone é possibilidade de poder ver e fotografar certas coisas de cima e de longe -- o que me atrai é a distância.

 

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publicado às 10:48

Behind the scenes

por Carla Hilário Quevedo, em 18.12.16

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Figurantes em Spartacus, de Stanley Kubrick, 1959

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publicado às 09:26

Chupa-vidas (3)

por Carla Hilário Quevedo, em 16.12.16

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Depois de Jessica Jones (que chatice, meu Deus!), comecei a ver Designated Survivor, a pensar que não passaria do segundo episódio, mas eis que me vejo na situação excelente de pensar: "é quarta-feira, por isso já lá deve estar mais um episódio." Kiefer Sutherland é o "sobrevivente" escolhido (além de Virginia Madsen, por parte dos Republicanos) para tomar conta da presidência dos Estados Unidos no caso de morrerem todos: governo, senado, presidente, sim, mesmo todos. A probabilidade impossível acontece e de uma vida frustrante como Secretário de Estado em vias de ser despachado para o Canadá, Jack Bauer passa a viver na Casa Branca, com a mulher e os dois filhos. Ao nono episódio, o novo presidente parece controlar a situação, muito com a ajuda da mulher, que é uma semideusa que sabe tudo, desde Direito Constitucional, passando por migrantes e refugiados e acabando no conhecimento geral, mas nem por isso menos profundo, acerca do funcionamento das instituições. É versada em bom senso e uma mãezinha perfeita do marido, que consola constantemente. Nunca vi uma relação tão deserotizada na minha vida. A série é medíocre mas está bem feita.  

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publicado às 08:36

Behind the scenes

por Carla Hilário Quevedo, em 13.12.16

Kill Bill, vol. 2

Daryl Hannah e Quentin Tarantino nas filmagens de Kill Bill Vol. 2, 2004

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publicado às 10:07

Sem palavras

por Carla Hilário Quevedo, em 11.12.16

Quando Bob Dylan ganhou o Prémio Nobel da Literatura, houve queixas na imprensa sobre o mérito do vencedor. Ao mesmo tempo que reclamavam, exigiam a Bob Dylan que respondesse com a máxima urgência ao Comité do Nobel. Bob Dylan demorou a responder, não atendeu o telefone e houve muitas dúvidas sobre se aceitaria a homenagem. Por fim, respondeu que o Prémio o tinha deixado "sem palavras", fenómeno difícil de compreender nos dias de hoje, em que tem de ser tudo já, porque não há tempo, nem espaço, para nada que seja de entendimento menos evidente ou previsível. Os jornais e as televisões têm, além do mais, horror ao vazio. E o que haveria a dizer sobre estar perplexo, ser apanhado de surpresa, ou - o pior de tudo - ficar "sem palavras"? Bob Dylan não foi à cerimónia de entrega do Prémio Nobel, mas escreveu um discurso que vale por tudo o que não lhe foi possível dizer.  

 

Só um excerto: "I was out on the road when I received this surprising news, and it took me more than a few minutes to properly process it. I began to think about William Shakespeare, the great literary figure. I would reckon he thought of himself as a dramatist. The thought that he was writing literature couldn’t have entered his head. His words were written for the stage. Meant to be spoken, not read. When he was writing "Hamlet, I’m sure he was thinking about a lot of different things: “Who’re the right actors for these roles?” “How should this be staged?” “Do I really want to set this in Denmark?” His creative vision and ambitions were no doubt at the forefront of his mind, but there were also more mundane matters to consider and deal with. “Is the financing in place?” “Are there enough good seats for my patrons?” “Where am I going to get a human skull?” I would bet that the farthest thing from Shakespeare’s mind was the question “Is this literature?”" 

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publicado às 15:59

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