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... é a mais bonita e está no Spotify. Também gosto da versão do Steve Wilson.
Ralph Waldo Emerson terá dado este sábio conselho a uma das filhas. Serve para ilustrar este magnífico Tumblr. Há os "arrependidos da vida" e há os "arrependidos de terem votado em Trump". O mundo está cheio de tolos.
A crónica de Vasco Pulido Valente é importante por muitas razões. Às vezes dou por mim a pensar que bom é ser domingo porque tenho aquela crónica para ler. Mas a crónica de hoje tem uma ligeira mudança que não recebi bem. A ideia de fazer um diário da semana ao domingo é óptima - porque se trata de um diário de Vasco Pulido Valente, o que faz toda a diferença - e por isso os títulos de cada texto devem ser as datas da semana. Sim, mesmo que seja falso que o dia 1 de Dezembro tenha sido dedicado a pensar e a escrever sobre Fidel. E se só houver três textos? Não faz mal nenhum. São três dias da semana. E se for um? Escreve pelo menos outro texto a dizer que não houve nada de relevante para fazer ou dizer ou que está a ler o novo da Ferrante e depois conta (adorei esse dia). Noventa por cento da vida é constituída por tédio. "Interessantemente" isso não é mau.
Há dias vi ouvi uma pessoa a contar uma história que tinha contado há pelo menos 15 anos. Ninguém ali conhecia a história a não ser eu e talvez a pessoa que a contou tenha subestimado a minha capacidade de me lembrar de certas coisas. Isto não teria nenhuma importância se não estivessem uma série de coisas associadas a esta. Quem ouviu a história, gostou do que ouviu e não se apercebeu do meu suspiro de impaciência. As repetições aborrecem-me de morte e para lutar contra o tédio nada melhor do que fazer o mesmo, mas de um modo um bocadinho diferente. A canção é sempre a mesma - e ser o mesmo não é ser repetido - mas ver Frank Sinatra a cantar uma versão que conheço de cór é novo para mim. Descobri este vídeo há dias. O que vale é que vão descarregando coisas novas no YouTube.
Sou do tempo em que um blogue tinha de ser actualizado todos os dias. Se a autora (porque o mundo é das mulheres) estivesse 24 horas sem dar um ar da sua graça, o blogue perdia o interesse. Era uma tarefa séria, que exigia dedicação e diria que pelo menos uma aparência de exclusividade. Não é por acaso que muita gente achou que os autores dos blogues há mais de dez anos, doze, não faziam mais nada na vida. Davam essa ideia e isso era suficiente para ser verdade. A verdade era outra, but who cares?, e ainda mais, agora assumidamente, nos dias de hoje em que nada parece interessar muito. Ou nada parece entusiasmar ninguém. A propósito de falta de entusiasmo, gostei deste artigo do autor do Abrupto sobre o tema e lembrei-me de uma etimologia antiga (quase uma redundância). É um problema real, mas a explicação pode estar não em desculpas prosaicas como "falta de tempo" mas nas condições climatéricas. Está um tempo horrível, não está?
Vinha aqui dizer que tenho um prazo a cumprir e que o relógio não pára. E a maneira como o imagino é parecido com uma engenhoca (contraption, em inglês) ou uma armadilha, daquelas que vemos nos filmes. A heroína está com a cabeça depositada numa espécie de guilhotina, cuja corda está presa a um relógio, tic, tac. Daqui a 6480 horas, o relógio pára e a lâmina, ziiiiimmm... Enfim, dramatizo para tornar tudo mais interessante. Vai correr tudo bem.