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Só em Portugal pode haver surpresas em votações no Parlamento. Refiro-me à votação do projecto-lei que defende a co-adopção de crianças por casais do mesmo sexo. A possibilidade de co-adoptar os filhos adoptivos ou biológicos da pessoa com quem estão casados ou com quem vivem em união de facto é, na minha opinião, uma medida justa e de bom senso, que protege estas crianças do desamparo legal em caso de doença ou morte do pai ou mãe biológicos ou adoptivos. Fiquei surpreendida por ver o projecto-lei aprovado, mas a maior surpresa foi perceber que nem os próprios deputados estariam à espera do resultado. Isto revela que terá havido poucas conversas de bastidores para fazer passar a votação. Os deputados votaram de acordo com a sua consciência e assim mostraram uma verdade que não é habitual vermos em governantes e políticos. Como se estivesse por fim ao alcance de cada um ali corrigir uma injustiça. Estão de parabéns.
Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 24-5-13