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O ponto alto dos Jogos Olímpicos é para mim a ginástica rítmica. É uma modalidade exclusivamente praticada por mulheres e cujo público é maioritariamente feminino. Ao contrário do que se passa na ginástica artística, sobretudo este ano em que assistimos a uma crise de confiança nas ginastas russas, a Rússia, a Ucrânia, a Bielorússia ou a Bulgária dominam a competição. Não há americanas nem inglesas. A treinadora da ginasta coreana Son Yeon-jae é bielorussa, Kseniya Moustafaeva é o nome da ginasta francesa. A russa Margarita Mamun (afinal havia outra) ganhou a competição All-Around e a belíssima ucraniana Ganna Rizatdinova, que caminha descalça como se estivesse a desfilar em saltos altos, ficou com o bronze. A minha russa preferida, a extraordinária Yana Kudryavtseva, ficou em segundo lugar porque teve um daqueles azares que só acontecem aos melhores. É a melhor porque o aparelho faz parte dela. Tudo é fluído e natural, como se pode ver neste exercício com bola. Até me vieram as lágrimas aos olhos.