Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Brigitte Bardot
- Banco mau, anteriormente conhecido por BES, actual empresa de cobrança, bom dia. Em que posso ser útil?
- Não é uma descrição uma bocado longa, Pilar?
- Charlotte! Não acha boa ideia dizer logo tudo? Não imagina as centenas de vezes que já tive de explicar que não é do banco bom...
- Imagino, Pilar. E também associa o banco mau ao banco velho e o bom ao novo? Não gosto nada disso.
- Então, Charlotte?
- Não me parece que o problema tenha que ver com tempo ou idade, mas com tamanho. Vejo "mau" e penso logo em pequeno e fico com... pena. "É mau, coitado." Percebe isto, Pilar?
- Percebo, Charlotte. Mas olhe que isto aqui é mais parecido com uma daquelas crateras... Só um instante, por favor.
- Voltei, Charlotte. Desculpe, mas tive de atender outra chamada do Crédit Agricole. Aqueles franceses só sabem insultar as pessoas. Quer dizer, acho que estão a insultar. Não percebo nada do que dizem.
- Mas não há aí ninguém que fale francês? Voltando ao problema.
- E a Natureza?
- Bem lembrado, Pilar. A Natureza é grande e má. E é má porque não é suficiente, não chega. Por isso penso no que é mau como qualquer coisa pequena, insuficiente. Mas não devo ter razão.
- Como lhe digo, Charlotte, isto mais parece uma daquelas crateras da Sibéria... Ai, que chatos! Desculpe, Charlotte.
- Outra vez os franceses, Charlotte! Não largam!
- Mudou a música, Pilar?
- Ai, enganei-me outra vez, que maçada isto...
. "O amor que eu te dei agora vejo que foi em vão, tudo foi em vão"?
- "Ão?"